A psoríase é uma condição crônica de pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por manchas vermelhas e escamosas na pele, vários fatores atuam como gatilho para essa condição auto imune, incluindo estilo de vida e hábitos diários.
Neste artigo, vamos explorar como a obesidade, o consumo de álcool e tabagismo, o estresse e o sedentarismo podem influenciar a psoríase, fornecendo informações valiosas para aqueles que buscam entender e controlar sua condição de pele.
Psoríase e Obesidade
A relação entre obesidade e psoríase tem sido objeto de estudo e debate entre os especialistas. Pesquisas sugerem que a obesidade é um gatilho importante para a psoríase, com evidências indicando que a obesidade pode aumentar o risco de desenvolvimento e gravidade da doença de pele.
Estudos mostram que pessoas com IMC acima de 35 apresentam um risco 2,7 vezes maior de ter psoríase quando comparados com pessoas de IMC normal.

A obesidade não apenas aumenta a inflamação no corpo, um componente chave da psoríase, mas também pode interferir na eficácia dos tratamentos e na resposta do sistema imunológico. Prova é que a dose de muitos medicamentos para o tratamento da psoríase depende do peso do paciente.
Infelizmente pessoas obesas têm menor resposta ao tratamento do que pessoas não obesas. Ao contrário, a perda de peso por si só pode diminuir a gravidade da psoríase e melhorar a qualidade de vida do paciente.

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A psoríase inversa é especialmente comum em pessoas obesas. As áreas de dobras de pele podem ser propícias ao desenvolvimento dessa forma, que é específica em áreas de atrito da pele e são dolorosas e desconfortáveis.
A obesidade também é um componente da síndrome metabólica e responsável pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Veja mais aqui sobre a relação entre obesidade, síndrome metabólica e psoríase.
Álcool e Cigarro pioram a Psoríase?
O consumo excessivo de álcool e o tabagismo são conhecidos importantes gatilhos para desencadear e agravar várias condições de pele, incluindo a psoríase.
O consumo de álcool leva a um maior risco de desenvolvimento de psoríase, além de uma possível redução na eficácia dos tratamentos.

O álcool ativa as vias inflamatórias no corpo, agravando a psoríase e sabe-se que o consumo frequente de álcool aumenta a severidade da doença. Pessoas com psoríase costumam ter maiores índices de ingestão de álcool quando comparados a indivíduos saudáveis.
O álcool provoca uma disbiose intestinal que está intimamente relacionada à inflamação.
Se você não sabe o que é disbiose intestinal, clique aqui.
Da mesma forma, o tabagismo também é um gatilho e tem sido fortemente associado à indução da doença em pacientes susceptíveis, ao aumento da gravidade da mesma e à resistência ao seu tratamento. Estudos mostram que pessoas com psoríase fumam mais que a população geral.
O tabagismo está intimamente associado ao desenvolvimento de psoríase na unhas e artrite psoriática.
O mecanismo pelo qual o cigarro induz ou piora a psoríase é incerto, mas inclui aumento da inflamação no corpo, liberação de radicais livres e ativação específica de genes. Os produtos químicos encontrados nos cigarros podem desencadear uma resposta inflamatória no corpo, exacerbando os sintomas da condição e interferindo na resposta aos medicamentos.
Psoríase e Estresse: Um Inimigo Silencioso da Pele
O estresse é uma parte inevitável da vida moderna, mas para aqueles que sofrem de psoríase, pode desempenhar um gatilho significativo no desencadeamento e piora dos sintomas.
O estresse é causa direta da psoríase, podendo desencadear surtos e tornar os sintomas existentes mais graves.

O estresse desencadeia uma resposta do sistema imunológico que pode aumentar a inflamação no corpo, desencadeando ou exacerbando os sintomas da psoríase.
O estresse crônico pode interferir na eficácia dos tratamentos e na capacidade do corpo de se curar.
A psoríase per si também traz importante morbidade psicológica, visto que provoca isolamento e distanciamento social, afeta a auto estima dos pacientes e pode inclusive influenciar negativamente o trabalho e a vida sexual dos pacientes.
Depressão e ansiedade estão mais presentes em quem tem psoríase se comparados a pessoas saudáveis.
Veja mais aqui sobre psoríase e saúde mental.
Sedentarismo e Psoríase
A falta de atividade física e o estilo de vida sedentário também podem ser gatilhos no desenvolvimento e na gravidade da psoríase.
O exercício regular não apenas ajuda a controlar o peso, controlar a obesidade e reduzir a inflamação no corpo, mas também pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar emocional.

Além disso, o exercício pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea, o que pode ser benéfico para pessoas com psoríase, pois uma boa circulação pode ajudar a promover a cura e reduzir a gravidade dos sintomas.
Pacientes obesos ou acima do peso são encorajados a fazer atividade física aeróbica por pelo menos 40 minutos três vezes por semana associado a dieta para perda de peso e controle da doença. Essa medida por si só é capaz de reduzir a gravidade da psoríase.
Conclusão
Embora a psoríase seja uma condição complexa e multifacetada, é importante reconhecer o papel significativo que o estilo de vida e os hábitos diários podem desempenhar no desencadeamento e na gravidade dos sintomas.
A obesidade, o consumo de álcool e tabagismo, o estresse e o sedentarismo são todos gatilhos que podem piorar a psoríase e interferir na eficácia dos tratamentos.
Ao adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta equilibrada, atividade física regular e técnicas de gerenciamento de estresse, as pessoas com psoríase podem ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
É importante consultar um dermatologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, garantindo assim o melhor cuidado possível para a sua pele. Marque aqui a sua consulta.